Afinal ele tinha outro!

Foi o início de uma conversa muito interessante principalmente para mim, que já deixei de ter pachorra para aturar “ galinhas “. Nesta conversa em que não quis ser o galo da capoeira, deixei-a falar o que valeu que mais tarde, passou a ser uma grande amizade.
O contexto da conversa é que foi deveras interessante. Ela estava para ali a curtir não uma dor de ‘corno’, mas um sentimento que não sabia se era de culpa sua ou não. A história resume-se em poucas linhas.
A Idália, é assim que ela se chama, estava para casar e não casou. Namorou durante dois anos um rapaz bem apessoado, filho de boas famílias e de um extracto social bastante invejável, nunca quis ter relações com ele enquanto namorados pois queria dar-lhe como presente a sua virgindade. Passearam juntos durante aqueles dois anos inclusive por Portugal inteiro e estrangeiro, mas quando chegavam aos hotéis ficavam sempre em quartos separados, era ponto assente da parte dela a tal prende da virgindade para a noite de casamento, pela parte dele também nunca fez pressão para que outra situação acontecesse, portanto, estavam os dois de acordo, aparentemente. Ela por boa fé, nunca pensou como era possível um rapaz de vinte anos não querer ter relações inclusive, nem com qualquer outra rapariga o que seria natural. (Ela das duas uma, ou era cega ou gostava de facto muito dele, e gostava). Um dia, chegaram à conclusão e depois de conferenciaram com os respectivos pais como mandam os ‘canhenhos’, resolveram marcar o casamento. Para tal era necessário uma casa e como os pais dele tinham posses, compraram uma casa e começaram a mobila-la. Ora vai um, ora vai outro lá a casa colocar mais um apetrecho para o lar dos pombinhos. Marcaram a data do casamento e a boda toda rafiné, numa quinta dedicada ao Jet-Set. Fizeram os convites em conjunto, marcaram o fotógrafo e o câmara-men para as filmagens, estava tudo pronto. Na véspera do casamento e porque faltava arranjar a cama para a noite de núpcias, ai vai ela com a mãe ao seu ninho de amor. Abrem a porta, entram para o salão, a mãe de colcha embrulhada ao regaço, (a mesma que lhe tinha servido a si na sua noite maravilhosa), e ela com uma moldura com a fotografia do seu futuro mais que tudo marido. Estão na sala ainda em amena cavaqueira falando do casamento, quando dos fundos ouvem umas vozes estranhas. Ai que nos estão a roubar disseram, correram casa fora, abriram a porta do quarto, e na cama, estava o seu noivo com um primo (atenção que era um primo, não uma prima) em pleno acto sexual. Inebriados pelo amor com que estavam, só descobriam que tinham sido apanhados quando a Idália começou aos gritos e a mãe desmaiou. Afinal ele tinha outro!..... e ainda por cima o primo dela.
Depois deste relato, fiquei a perceber porque ela fumava um cigarro após outro. Coitada da moça, estava de rastos, de tal forma e porque me achou simpático, logo no primeiro encontro casual, contou-me todos estes seus azares. Eu por mim, agora digo como o brasileiro, de facto; “ Tem Pai que é sego “. Ficámos amigos e hoje é uma das minhas melhores amigas e depois de várias lições minhas, até já gosta dos Gays.
Por esta me vou!... Até outro dia!...
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